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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Alma do Povo-Francisco Cândido Xavier

Nota do Blog: Apesar de estar integralmente apresentado. Esse livro ainda não está totalmente formatado nesse blog, para uma leitura mais prazerosa.


CARO AMIGO:

Se você gostou deste livro e tem condições de comprá-lo, faça-o pois assim estarás ajudando a diversas instituições de caridade.
Que Jesus o abençoe.
Muita Paz

“ALMA DO POVO”

Espírito: CORNÉLIO PIRES

Médium: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

APRESENTAÇÃO – BEATRIZ PEIXOTO GALVES.

PÁGINA DE GRATIDÃO –FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER.

APRESENTAÇÃO

Prezado Leitor;

Com as cinquenta trovas que este livro apresenta, mais uma vez podemos nos deleitar com o inconfundível estilo de Cornélio Pires, incansável trabalhador da espiritualidade. E isto, graças à boa-vontade e disposição de nosso querido Chico Xavier que, respeitando sua própria condição pessoal, recebeu as trovas uma por noite e uma por dia, ditadas por seu amigo Cornélio.

Deste modo, iniciando-se em 23 de agosto, até 18 de outubro de 1995, com alguns intervalos, foi produzido o material que se segue, o qual é início de uma série de comunicações com que Cornélio Pires se tornou mais uma vez; presente entre nós.

Que o leitor possa desfrutar das palavras do emérito jornalista e espírita, que tão bem sabe representar e expressar a Alma do Povo Brasileiro!

Muita Paz,

Beatriz Peixoto Galves

São Paulo, 20 de setembro de 1995.

Da Obra “ALMA DO POVO” –Espírito: CORNÉLIO PIRES –Médium: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

Digitado por: Lúcia Aydir.

PÁGINA DE GRATIDÃO

Obrigado; Cornélio amigo!...

Você me visitou em setembro findo e solicitou o nosso concurso para a formação de um pequeno livro de trovas.

-Como? – respondi, - não posso escrever senão bilhetes rápidos. Os 85 janeiros me pesam no corpo e qualquer esforço provoca a presença da angina...

-Mas você pode ouvir-me... Desejo apenas transmitir, por você, algumas trovas...

Falarei ao seu ouvido... Uma trova por dia, uma por noite...Poucas palavras... Isso não será motivo de preocupação para seu médico, que é, realmente, um abnegado companheiro...

-Se é assim, - comentei, - creio que posso estar ao seu dispor, de vez que não posso sair da minha cadeira de doente.

E você, caro amigo, noite a noite, no horário de nossas preces, veio ao meu lado e segredou a trova.

Uma por uma.

Cinquenta noites consecutivas...

Você parou na trova de número cinquenta.

E aqui estão em livro.

Também eu acho curioso dizer:

-Um livro pelo ouvido...

Creio que tudo está conforme o seu desejo.

Só me cabe repetir: Cornélio amigo, muito obrigado! E que Deus nos abençoe.

Uberaba, 10 de outubro de 1995.

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER.

Da Obra “ALMA DO POVO” –Espírito: CORNÉLIO PIRES –Médium: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

Digitado por: Lúcia Aydir.

AFIRMAÇÕES

Cornélio Pires

Afirmação que interessa

Tanto ao fraco quanto ao forte:

Quem açambarca a fortuna,

Desconhece a lei da morte.

A bica do maldizente

Que vive de reprovar;

É igual à boca da noite,

Que ninguém pode fechar.

03 de outubro de 1995.

Da Obra “ALMA DO POVO” –Espírito: CORNÉLIO PIRES –Médium: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

Digitado por: Lúcia Aydir.

ATEUS

Cornélio Pires

Existem homens famosos,

E muitos deles ateus,

Esquecidos de que moram

No grande Mundo de Deus.

COMPUTADOR

Computador é progresso,

Facilidade de ação,

Prodígio da inteligência,

Mas precisa direção.

08 de outubro de 1995.

Da Obra “ALMA DO POVO” –Espírito: CORNÉLIO PIRES –Médium: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

Digitado por: Lúcia Aydir.

AUTO-REALIZAÇÃO

Cornélio Pires

Sem sofrimento em nós mesmos,

Não se sabe o que se é,

Não se sabe da ingenuidade

Nem se sabe se tem fé.

A pessoa ponderada

Aceita o dever, age e pensa;

Não exagera perguntas,

Falar demais é doença.

17 de outubro de 1995.

Da Obra “ALMA DO POVO” –Espírito: CORNÉLIO PIRES –Médium: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

Digitado por: Lúcia Aydir.

AUXÍLIO

Cornélio Pires

Quem quiser auziliar

De qualquer modo auxilia;

Quem não quer, manda fazer

Ou deixa para outro dia.

OFENSA

Coração nobre agredido

Na irritação não se encosta,

Se já possui fé em Deus,

Dá silêncio por resposta

29 de setembro de 1995.

Da Obra “ALMA DO POVO” –Espírito: CORNÉLIO PIRES –Médium: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

Digitado por: Lúcia Aydir.

CORREIO DO ALÉM

Cornélio Pires

Quando o mundo entra na guerra

A vida é dura peleja,

A Ciência apóia a morte

E a consciência fraqueja.

Ensina a qualquer criatura

O amor, o trabalho e a prece,

O estudo é de pouco em pouco,

Saber demais enlouquece.

23 de agosto de 1995.

Da Obra “ALMA DO POVO” –Espírito: CORNÉLIO PIRES –Médium: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

Digitado por: Lúcia Aydir.

DIVINO AMOR

Cornélio Pires

Fenômeno admirável

Para os crentes e os ateus;

Notar em cada pessoa

A paciência de Deus.

ANOTAÇÕES DO CAMINHO

No que fazer e fizeste

Registra em paz o que tens;

Há muitos bens que são males,

Muitos males que são bens.

28 de outubro de 1995.

Da Obra “ALMA DO POVO” –Espírito: CORNÉLIO PIRES –Médium: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

Digitado por: Lúcia Aydir.

DUPLA DA VIDA

Cornélio Pires

Eis uma dupla correta

Que na vida é sempre clara:

O sofrimento nos une,

A opinião nos separa.

ORGULHO

O orgulho é uma enfermidade

Na pessoa o que se aferra,

Doença que a vida cura

Usando emplastros de terra.

04 de outubro de 1995.

Da Obra “ALMA DO POVO” –Espírito: CORNÉLIO PIRES –Médium: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

Digitado por: Lúcia Aydir.

ENFERMOS

Cornélio Pires

Da multidão dos enfermos

Que sempre busco rever

O doente mais doente

É o que não sabe sofrer.

CONVITE

Convidado para a festa

Não se adianta, nem demora,

Nunca surge tarde ou cedo,

Dará presença na hora.

07 de outubro de 1995.

Da Obra “ALMA DO POVO” –Espírito: CORNÉLIO PIRES –Médium: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

Digitado por: Lúcia Aydir.

ESTRANHEZA

Cornélio Pires

Tive um amigo, o Batista,

Tão nobre quanto sensato;

Quis falar-lhe em certa lista,

Batista “caiu no mato”.

INDAGAÇÃO

Pensando muito na vida,

Reflito comigo a sós:

Por que os vivos sentem medo,

Se todos virão a nós?

13 de outubro de 1995.

Da Obra “ALMA DO POVO” –Espírito: CORNÉLIO PIRES –Médium: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

Digitado por: Lúcia Aydir.

ELUCIDAÇÃO

Cornélio Pires

Queremos estar com Deus

Seguindo por linhas curvas,

O Céu, porém, não se mostra

Sobre um lago de águas turvas.

LEMBRANÇA OPORTUNA

Não te irrites, nem fraquejes;

Quando mais te desconfortas,

A tua vida é uma casa

Com saída de cem portas.

14 de outubro de 1995.

Da Obra “ALMA DO POVO” –Espírito: CORNÉLIO PIRES –Médium: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

Digitado por: Lúcia Aydir.

FÉ EM DEUS

Cornélio Pires

Muitas fortunas se extinguem,

Pessoas mudam de nível,

Somente a fé viva em Deus

É um tesouro inexaurível.

ANOTEMOS

No corre-corre dos homens

Há quadros fenomenais.

Anota: Quem sabe menos;

É fala muito mais.

02 de outubro de 1995.

Da Obra “ALMA DO POVO” –Espírito: CORNÉLIO PIRES –Médium: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

Digitado por: Lúcia Aydir.

FUTURO

Cornélio Pires

Até que haja na Terra

Limpeza de alma segura,

Todos nós carregaremos

Um pouco de loucura.

CASOS OCULTOS

Existem casos ocultos

Nos corações intranqüilos

Que, a benefício dos outros,

Não se deve descobri-los.

10 de outubro de 1995.

Da Obra “ALMA DO POVO” –Espírito: CORNÉLIO PIRES –Médium: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

Digitado por: Lúcia Aydir.

NA ESCOLA

Cornélio Pires

Falou a mestra ao menino:

“Você chorando é mais chato”.

Mas o menino morreu

De escorpião no sapato.

“Adeus, adeus!... Disse Antônio”.

No enterro de Nino Pardo...

O morto disse, porém,

“Muito breve aqui te aguardo”.

06 de outubro de 1995.

Da Obra “ALMA DO POVO” –Espírito: CORNÉLIO PIRES –Médium: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

Digitado por: Lúcia Aydir.

NOBREZA

Cornélio Pires

Diz o mundo que a nobreza

Nasce de berço opulento,

Mas qualquer pessoa é nobre,

Conforme o procedimento.

DIRETRIZ

Quem quiser saber o início

Das grandes obras do Bem,

Procure ajudar aos outros,

Nem fale mal de ninguém.

01 de outubro de 1995.

Da Obra “ALMA DO POVO” –Espírito: CORNÉLIO PIRES –Médium: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

Digitado por: Lúcia Aydir.

NOTAS DA VIDA

Cornélio Pires

Certo sábio disse, um dia,

Esta sentença perfeita:

“Experiência sem dor

Raramente se aproveita ““.

Silêncio é um amigo certo,

Guardando virtudes raras,

No entanto, a palavra livre,

Às vezes, tem muitas caras.

28 de agosto de 1995.

Da Obra “ALMA DO POVO” –Espírito: CORNÉLIO PIRES –Médium: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

Digitado por: Lúcia Aydir.

PASSOS DO CAMINHO

Cornélio Pires

Sociedade é um jardim

De expressão risonha e bela;

Entretanto, a convivência

Exige muita cautela.

Se alguém te fere ou abandona,

Desculpa e segue adiante,

A ingratidão de um amigo

É uma dádiva importante.

31 de agosto de 1995.

Da Obra “ALMA DO POVO” –Espírito: CORNÉLIO PIRES –Médium: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

Digitado por: Lúcia Aydir.

PROVAÇÃO

Cornélio Pires

Não te revoltes se levas

Uma existência sofrida,

A provação, quando chega,

Age em defesa da vida.

A imprudência nos assalta,

O apetite nos domina...

Em seguida nos entregam

Aos tratos da Medicina.

25 de setembro de 1995.

Da Obra “ALMA DO POVO” –Espírito: CORNÉLIO PIRES –Médium: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

Digitado por: Lúcia Aydir.

PROVÉRBIO

Cornélio Pires

Provérbio antigo que achei,

Entre nobres companheiros:

“O avarento passa fome

Para luxo dos herdeiros ““.

FUGA

“Quando eu morrer venho ver-te...”.

Disse Lino a João Jessé.

Lino morreu... Veio vê-lo,

Mas o amigo deu no pé.

13 de outubro de 1995.

Da Obra “ALMA DO POVO” –Espírito: CORNÉLIO PIRES –Médium: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

Digitado por: Lúcia Aydir.

REALIDADES

Cornélio Pires

Nossa própria consciência

Em juízo claro e são,

Em muitos casos desmente

Os louvores que nos dão.

Não se apaga fogo algum

Com jatos de gasolina,

A cólera inutiliza

O verbo de quem ensina.

23 de setembro de 1995.

Da Obra “ALMA DO POVO” –Espírito: CORNÉLIO PIRES –Médium: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

Digitado por: Lúcia Aydir.

RIMAS DA VIDA

Cornélio Pires

Em questões de livre-arbítrio,

Discernimento é preciso;

Todos temos liberdade,

O que nos falta é juízo.

Ante a Lei de Causa e Efeito

Que nos libera ou detém,

Há muito bem que faz mal,

Muito mal produz o Bem.

01 de setembro de 1995.

Da Obra “ALMA DO POVO” –Espírito: CORNÉLIO PIRES –Médium: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

Digitado por: Lúcia Aydir.

ROGATIVAS

Cornélio Pires

Multidões rogam a Deus

O que se lhes faz preciso...

Nunca vi alguém pedir

O conserto do juízo.

A Terra não sofreria

Fome e conflitos fatais

Se os homens falassem menos,

Procurando servir mais.

11 de outubro de 1995.

Da Obra “ALMA DO POVO” –Espírito: CORNÉLIO PIRES –Médium: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

Digitado por: Lúcia Aydir.

SABEDORIA E CIÊNCIA

Cornélio Pires

Observando a mim mesmo,

Anoto em linhas gerais;

Os nossos irmãos mais loucos

Estão fora de hospitais.

Sabedoria só age

No que for justo e preciso;

Mas a Ciência, por vezes,

Age fora do juízo.

29 de setembro de 1995.

Da Obra “ALMA DO POVO” –Espírito: CORNÉLIO PIRES –Médium: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

Digitado por: Lúcia Aydir.

SOBRE CIÊNCIA

Cornélio Pires

Ciência quando é demais

Sem a fé que não se cansa,

Tanto pesquisa e divaga

Quem entra na insegurança.

VISITA

Visita que não avisa

O dia e a hora que vem,

Encontra a cada do amigo

Ocupada ou sem ninguém.

05 de outubro de 1995.

Da Obra “ALMA DO POVO” –Espírito: CORNÉLIO PIRES –Médium: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

Digitado por: Lúcia Aydir.

SOVINICE

Cornélio Pires

Com tamanha sovinice,

O avarento João Elias

Morreu e agarrou-se ao cofre

Por mais de trezentos dias.

SORTE

Vinha do enterro do avô,

Mas jogou na loteria;

Ganhando cem mil reais,

Antônio chorava e ria.

12 de outubro de 1995.

Da Obra “ALMA DO POVO” –Espírito: CORNÉLIO PIRES –Médium: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

Digitado por: Lúcia Aydir.

CONCLUSÃO

Cornélio Pires

As minhas trovas de agora;

Não guardam nada de novo,

São pensamentos dos sábios;

Com pensamentos do povo.

Estes versos me nasceram

Na intimidade do peito,

Se alguém lhes der atenção;

Fico grato e satisfeito.

18 de outubro de 1995.

Da Obra “ALMA DO POVO” –Espírito: CORNÉLIO PIRES –Médium: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

Digitado por: Lúcia Aydir.